sábado, 18 de janeiro de 2014

Continuação: Feitas para Durar. apostila usada no Retiro dos Missionarios/Lideres


Capítulo 7. Tentar de tudo e aplicar o que der certo (3o Mecanismo)

A proposta desta atitude parece contradizer totalmente a maior vitória que as empresas visionárias tiveram. Elas conseguiram colocar como prioridade, até mesmo acima dos lucros, a missão da empresa. O ponto mais subjetivo que é a missão, representa um motivo suficientemente forte que valeria a pena dedicar a vida. Vejamos o exemplo da Disney: “Levar a felicidade a milhões de pessoas”.

 

Quando lemos o título acima o que nos vem à mente é a idéia de capitalismo selvagem o de lucros a qualquer custo. No entanto, a lição mais importante desta pesquisa é que ela provou que empresas que adotam este tipo de postura, puramente pragmática e sem ideologia, dificilmente conseguem atingir a liderança do mercado e se alcançam não permanecem lá por muito tempo. O lucro nas empresas visionárias é visto como a conseqüência de se ter alcançado o propósito mais fundamental da empresa.

Todas as companhias têm uma linda missão exposta na parede, no entanto quase ninguém ali dentro sabe de onde veio aquilo e pouquíssima gente transforma a intenção de se cumprir a missão em ações efetivas que produzem resultados neste sentido.

Tentar de tudo e aplicar o que der certo, significa buscar obstinadamente seu propósito existencial, sabendo que ele pode não ser alcançado da maneira como você achava que iria conseguir inicialmente. No entanto, se a nova direção não violar os valores principais da empresa e conseguir aproximá-la do cumprimento da missão é muito válido. Esse conceito também nos instrui que a mudança na forma acontece o tempo todo no mercado, claro que aquele que apenas acompanha as vontades do mercado como uma folha levada ao vento não conseguirá perpetuar sua instituição, e aquele que for se adaptando às condições do meio sem perder sua identidade, não apenas atingirá seus objetivos, mas preservá-los-á por muito tempo.

O livro conta duas histórias que ilustram bem este conceito.

A American Express iniciou suas atividades como uma empresa de frete expresso, certa vez seu presidente estava em viagens e sentiu dificuldade de sacar dinheiro. A partir desta adversidade, como eles já tinham o vale postal que funcionava apenas nos EUA, eles criaram o Travelers Cheque. Com o passar do tempo este tipo de atividade se tornou o core business da empresa e logo em seguida surgiram os cartões de crédito. A Amex mudou totalmente seu ramo de atuação, mas não perdeu seus valores centrais.

A HP tem uma experiência diferente. Certa vez, seus executivos chegaram aos fundadores e expuseram que com a entrada das calculadoras chinesas, a HP estava perdendo muito mercado e que eles deveriam se adaptar a essa nova maneira mais barata de se fazer cálculos. Willian Hewlett sabiamente instruiu-os: “A HP surgiu para inovar com tecnologia. Nossa missão não é fazer calculadoras baratas ou simplesmente se adaptar ao mercado. Se vocês conseguirem fazer um aparelho que inove com tecnologia e que ainda tenha um custo baixo o produziremos, caso contrário, continuaremos perseguindo nossa missão.” Este é um exemplo que ilustra muito bem que a missão deve ficar acima dos resultados, mas que temos total liberdade para atingir o progresso desde que este não afete o núcleo.

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