terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Continuação... Feitas para Durar.

Capítulo 5. Metas Audaciosas (MAs), um grande estímulo ao progresso Metas Grandes, Audaciosas e Visionárias (MGAVs) (1o Mecanismo) Sabemos da força que possui uma meta em nossas vidas, parece que quando ela fica clara para nós, tudo passa a nos direcionar para a realização e o mundo se predispõe a ajudar nos com o surgimento de oportunidades. No entanto, o livro apresenta casos em que a criação de metas foi levada a um extremo positivo. Vejamos o exemplo da Boeing, que colocou toda a sua força para modificar sua área de atuação de aviões de guerra para jatos comerciais. Quando o 707 foi criado, esta empresa já havia tentado entrar neste mercado outras vezes e a probabilidade de dar errado era muito grande. No entanto seus executivos colocaram a realização deste objetivo como um caso de vida ou morte para sua sobrevivência. Eles não apenas conseguiram o que desejavam como se tornaram os líderes nesta nova área. No caso da Ford, seu fundador tinha uma MGAV bem clara: democratizar o carro. Certa vez, Henry declarou: “Construir um carro para a grande multidão... Seu preço será tão baixo que qualquer pessoa com um salário razoável possa comprar – e aproveitar com a família a benção de horas de prazer nos enormes espaços abertos que Deus criou... todos poderão ter um e todos terão um. Os cavalos desaparecerão de nossas estradas, o automóvel será algo comum”. Hoje essa declaração parece óbvia, mas apenas este homem teve coragem de sonhar com algo tão grande em 1907, e por isso transformou a vida de todos os seres humanos. Uma MGAV deve tirar as pessoas da organização de sua zona de conforto fazendo-as agir obsessivamente até que se concretize o que foi proposto. Certa vez, a IBM colocou-se uma meta para realizar um computador revolucionário para a época, o 360. Ela empregou para este projeto um capital de U$ 5 bilhões, o suficiente para quebrar a empresa caso o projeto não desse certo. Embora não houvesse indícios que daria, o objetivo uniu tanto os participantes que deu no que deu; o resto é história. Para concluir, deve ficar claro que essas empresas nunca saíram atrás de qualquer meta audaciosa que aparecia na frente. Elas buscaram apenas as MAs que se encaixavam em suas ideologias centrais. Capítulo 6. Cultura de devoção (2o Mecanismo) Esta é certamente a parte mais polêmica do livro. A pesquisa demonstra que as empresas visionárias, por se conhecerem muito bem e saberem onde querem chegar, exigem atitudes quase devocionais de seus empregados. Eles se submetem a uma disciplina espartana e uma dedicação extrema para alcançar os objetivos de seu grupo. Isso seria totalmente normal em países orientais, onde a dedicação à suas crenças de vida se dá dessa forma, no entanto não soa muito bem no ocidente. Os próprios autores quando fizeram esta constatação, de que este tipo de empresa tem um perfil bem definido do tipo de pessoas que trabalharão dentro dela e que seguirão regras que outras pessoas poderão julgar como absurdas, não gostaram do que viram. “Talvez você esteja sentindo um certo mal-estar com relação às conclusões tiradas neste capítulo. Nós também sentimos um pouco deste mal-estar e gostaríamos de esclarecer defendendo a situação extrema em que temos Jim Jones, David Koresh ou o reverendo Sun Myung Moon. É importante entender que, ao contrário de muitas seitas religiosas ou movimentos sociais que giram em torno de um líder carismático (um culto à personalidade), as empresas visionárias tendem a ter um culto de devoção em torno de ideologias.” Eles recomendam algumas ações para que se crie esse culto à ideologia dentro da organização, como por exemplo, treinamentos e avaliações que mostrem o quanto os funcionários conhecem os valores centrais. Em relação aos erros, a tolerância deve acontecer com respeito a equívocos honestos que não violem o núcleo da empresa, no entanto penalidades severas ou expulsão devem acontecer quando os erros afetarem a ideologia central da instituição. O grande desafio então será preservar esse núcleo ideológico E dar autonomia operacional, desde que essa não viole as ideologias como foi mencionado acima. Desta forma, preserva-se o núcleo e estimula-se o progresso.

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